domingo, 8 de novembro de 2009

Eis o Nano!!!



        Graças às agências de notícias internacionais, temos aqui uma avaliação do carro mais falado nos últimos tempos, quem sabe o Ford T do século 21, como sonha o dono da montadora (só um tentáculo do megaconglomerado Tata), Ratan Tata. Por isso, encare o título como uma frase dita pela repórter estadunidense Erika Kinetz, da Associated Press (AP), que avaliou o Nano em Pune, na Índia e escreveu o seguinte:

"Dirigir o novo automóvel indiano de US$ 2.000 é reconsiderar todas as coisas que você achava que precisava num carro. Os engenheiros tiraram tudo o que podiam do Tata Nano. Não há porta-luvas, relógio e porta-copos (Santa mania gringa, Batman!). O revestimento dos bancos, é de vinil cinza (nada demais pra nós brasileiros, íntimos da Kombi). O que sobrou, entretanto, é um carrinho bacana, surpreendentemente espaçoso por dentro e divertido de cambiar, apesar de ser um pouco lento.
"Guiando no caótico trânsito indiano, não me senti particularmente pequena no Nano, com sua cara-chata, exceto quando estava entre caminhões grandes. Ele enfrenta as ruas esburacadas com mais resistência que os táxis locais. A estabilidade, no geral, é boa, mas fazer uma curva rápida pode ser um pouco assustador (não esqueçamos que as rodas são minúsculas).
"Forçe o carro acima da velocidade máxima de 105 km/h e luzes de advertência piscam no painel. Os freios do Nano são mais que suficientes. O maior problema é a retomada. Tente passar alguém quando um caminhão com carga acima do permitido vem de frente para você no sentido oposto, buzinando, e você vai desejar que o Nano pudesse acelerar melhor."
Em resumo, o saldo é bem positivo para um carro novo que custa o equivalente a R$ 5.000 (com taxas) e que leva quatro adultos na sua carcaça de 3,1 m de comprimento, 1,5 m de largura, 1,7 m de altura e 600 kg. O desempenho condiz com seu motorzinho bicilíndrico de alumínio, com 624 cm³ e 35 cv, capaz de rodar 23,7 km com um litro de gasolina. Palmas pro Seu Tata, que tornou realidade seu sonho do carro verdadeiramente popular. E ele só ouviu risadas das montadoras ocidentais, quando apresentou seu plano, há alguns anos...



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